Tudo que você queria saber sobre Ácido Retinóico

O ácido retinóico é muito recomendado por dermatologistas porque ajuda a deixar a pele mais macia, com uma textura melhor, sem rugas e espinhas, e com menos manchas. Mas a substância ainda sofre alguns preconceitos, principalmente por causa de mitos que se espalharam sobre a sua eficácia e efeitos colaterais. “As perguntas mais populares sobre ele são se o ácido retinóico causa queimaduras e manchas na pele, se descasca”, conta a dermatologista Karla Assed, do Rio de Janeiro.

Para esclarecer sobre como usar o ácido retinóico sem neuras e sem problemas, ela esclarece alguns mitos mais comuns.

1 – Todos estes ingredientes começando com R (retinol, ácido retinóico, etc) são basicamente a mesma coisa?
“Sim e não. As fórmulas prescritas contêm ácido retinóico, o ingrediente mágico que combate envelhecimento visível; e alternativas não prescritas têm de ser convertidas em ácido retinóico pela pele, ao nível celular. Há muitos estudos mostrando que, o retinol é mais suave do que o ácido retinóico, bioquimicamente ele faz exatamente a mesma coisa, só que ele pode levar mais tempo para apresentar resultados. O mesmo não pode ser dito para os derivados chamados pró-retinols (palmitato de retinol, acetato de retinol e retinyl linoleato), que são os mais suaves, mas mais fracos, também”, explica.

2 – Retinóides funcionam porque esfoliam a pele?
“Não. Muitas vezes os retinóides causam descamação e vermelhidão da pele, mas isso é um efeito colateral da irritação, e não uma esfoliação. Esse “peeling” feito pelo retinóide é um dos principais motivos da desistência do uso do produto. Isso acontece porque a substância trabalha em um nível muito mais profundo, reforçando a produção do colágeno, suavizando a pele, e uniformizando a pigmentação”, afirma.

3 – Devo usar retinóides durante o dia, pois eles aumentam o risco de queimaduras solares?
“Esse é um dos maiores mitos existentes sobre o retinóide. É verdade que eles reagem ao sol, tanto que geralmente as embalagens são opacas e as recomendações são para serem usadas à noite. No entanto, eles não tornam a pele mais propensa a queimaduras solares. Este equívoco surgiu porque em alguns estudos iniciais as pessoas descreviam uma sensação de ardência ao sair de casa e se expor ao sol com o retinóide. Mas essa vermelhidão provavelmente está relacionado à exposição ao calor”, diz.

4 – Os retinóides suaves são tão eficazes quanto os mais fortes?
“As palavras ‘pele sensível’ em uma etiqueta são, muitas vezes, código para uma baixa concentração de ingredientes ativos. Mas eles ainda são recomendados porque estas concentrações mais baixas (e ingredientes suplementares mais suaves) os tornam uma opção perfeita para quem tem pele mais sensível e facilitam a transição futura para um retinóide mais forte”.

5 – Se a pele ficar irritada, deve-se parar de aplicar o retinóide?
“É comum ter irritação que pode causar uma inflamação ao adicionar vitamina A no seu regime de beleza. Mas após duas ou três semanas, as células da pele se adaptam ao ácido retinóico e começam a tolerar o ingrediente. A ressalva: estamos falando de uma irritação razoável, pele um pouco mais seca e vermelha do que o normal e levemente descamada. Se o desconforto for prolongado ou muito desconfortável, você deve passar a usá-lo uma vez por semana ou mudar para uma fórmula mais fraca”, alerta.

6 – Retinóide não deve ser usado nas férias?
“Uma mudança climática não vai fazer sua pele reagir de forma diferente ao ácido que já estava usando. Uma vez que as células da pele se adaptam à força do retinóide, qualquer irritação que você tenha acaba. Mas se for viajar, tiver um voo muito longo ou se você for esquiar, você pode aplicar um hidratante mais potente para evitar ressecamento”, orienta.

7 – Retinóide não pode ser colocado na região dos olhos?
“Não só pode, como deve. Estudos mostram que quem aplica retinóide na região dos olhos tem os melhores resultados”, afirma.

8 – O produto para de surtir efeito depois de seis meses?
“Vários estudos clínicos mostram que retinóides prescritos melhoram o estado da pele mesmo após um ano de uso. E nem sempre investir em uma nova substância é a solução, às vezes a pele só precisa de um retinóide mais forte”, finaliza.

Fonte: site UOL

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